Prantos à Mãe Natureza

Lágrimas e um par de olhos castanhos

que observam os ferimentos mundanos

e na fenda da pedra na montanha, sangue;

sangue do homem, sangue da terra, sangue de mim.

Algum pranto tornou-se catarata pela face

que ressecada pelo tempo, vê o sofrimento

da natureza já não mais intata, já corroída,

carcomida pela fome humana de sempre querer mais.

Lágrimas de uma centena de olhares divinos

que infelizmente já não interferem mais;

e é só a roda kármica a girar, contando o tempo,

contando os pecados e as árvores cortadas no talo.

Lágrimas e um par de olhos castanhos

tão chorosos pelos ferimentos à natureza

mas, ainda há pássaros, fugiram para meu beiral,

fugiram para a cidade, na mata já não há lugar para animal.

Desmatamentos, prantos, ventos, poluição;

toda ganância incontida, ações sem coração, sem reação,

e a nossa mãe, lar magnânimo em formosura,

renascerá, e o maldito homem padecerá em amargura.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 29/08/2013
Código do texto: T4456966
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.