Dos Dois Navios

Esse amor é um grande rio, no leito fundo do coração;

e, mergulhadas nele estão, todas aquelas que já sentiu;

cada uma feito um velho navio que fez a navegação

e mergulhou na águas, então...assim que o casco se partiu.

Um navio ainda flutua (como um fantasma flutuante)

e aguardo o instante em que mergulhe a saudade sua;

pois, outro já se insinua...e, nele, há uma navegante...

que eu já quis que navegasse antes, nas minhas noites sem lua.

Se ela for (de verdade) uma navegadora em meu peito,

que no rio haja o mais perfeito flutuar de serenidade!...

que flutue a amizade!...que não se afunde o respeito!...

que, de um mágico jeito, mergulhe na minha profundidade!...

afogue o fantasma da saudade (do navio já desfeito)!...

e volte, pra termos direito a navegar na felicidade!

28-08-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 29/08/2013
Reeditado em 10/12/2015
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