A vida em paisagens interiores!

Corre o Tempo

Na grafia espelhada!

Na essência crítica,

A identidade traduzida

Em armadilhas literárias!

Solte o verbo, vadio poeta!

Destrave a língua

No pensar insone

Da madrugada fria

Que perdeu o diálogo criativo

Encantado com a conjunção

Dos seus lindos lábios.

Indissociável e estimulante,

A palavra tangente

Personifica um paralelo inventivo

Onde a noite soa apenas

Como um ambiente entre

Verbo e imagem.

Use a palavra

Para traduzir-se em liberdade

Que na arte do enredo

Estranhamente se resolve no fim

Num retrospecto prazeroso,

Numa desobediência senil

Onde a memória torna-se

Um anexo em anexo

Ao anexo do anexo

E vai se perdendo

Numa rebeldia tímida,

Arbitrária e rítmica!

E o texto torna-se apenas um embrião,

Um plágio ao contrário,

Equivocado de uma construção

De mim mesmo:

Uma abordagem cifrada

De um sujeito indeterminado

No risco esquecido pela sobrevivência

No contraponto de se explicar

O inexplicável:

A vida em paisagens interiores!

Valter Queiroz
Enviado por Valter Queiroz em 29/08/2013
Código do texto: T4456740
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