UM NADA DE NADA
Sou como o vento um nada,
vagueando pelo meu mundo,
onde a solidão dos dias reflete a luz da minha inexistência.
E na noite sombria que os meus pensamentos ocorrem,
como vendavais, que querem ver o meu corpo intacto e morto.
Pedaços de mim, sobre um silêncio perdido no inferno da minha alma,
transformado na irreversível e incompleta forma de vida.
Momentos que pairam sobre um negro abismo, ocorrente das
inconstâncias a que o meu ser é sujeito.
Sonhos que me levam a um caminho,
que se esvai como fumaça em um fogo que me queima,
e nem o gelo consegue arrefecer este coração.
Angelo Augusto