EM OUTROS DIAS

Lembro quando minha inocência
me iludia
e era bom!
Era um tanto de luares
que era a Verdade
e, na ausência,
tudo era noite ou dia.

Leves eram os pesares.
Naquela idade
havia música e um bombom
de licor.
A víbora, que picava
a virgem no leito,
não era do tipo flor.

E a tarde passava...

Havia, ainda, no meu peito,
uma sugestiva manhã,
um não imaginar de dor
qualquer. A vida, vã.

Não havia, pois, a demência,
apenas na macieira a maçã.
Aqui, hoje, somos poucos,
como em tantos outros dias
fomos loucos.

 
Nelson Eduardo Klafke
Enviado por Nelson Eduardo Klafke em 28/08/2013
Reeditado em 29/08/2013
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