Observâncias

Devidas forma da minha loucura

se fazem natas, minhas armaduras

contra o dispêndio de uma sensatez,

contra o compêndio dessa embriaguez.

Delírios parcos dessa formosura

se fazem flores, cores de um jardim

de magnólias, lírios e jasmins,

de ervas daninhas, matos e capins.

Desfaço o traço nessa reta curva

e faço a letra, verso e partitura,

faço a canção disforme de uma vida

que tão cansada dói como ferida.

Que valham ventos, amores e sentimentos

dos mais profundos até tempestades,

da poesia antiga da calamidade

que faz das rimas sua eternidade.

E da cadeira da varanda observâncias

de um par de olhos profundos semicerrados

olhando um horizonte fragmentado

sem sol, sem lua, somente uma inspiração.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 28/08/2013
Código do texto: T4455287
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