AS HORAS É QUE TEM TEMPO
Tenho receio da minha
memória.
Há um covil
no lobo frontal.
Me desespera....
Me encontro as vezes
adormecido andando
e quando acordo
tenho saudades
do instante perdido...
Susto de "ponto final".
Falei de uma ternura.
Imersa na atlândida
perdida dos encantos.
Um vestigio melindroso
e acreditaram que era "sorte".
Sou o que sou
na dúvida dos meus "eus"
me dissolvo
em quebra-cabeças
as peças voam
porque é inconsciente...
A distância
é uma estrada funebre.
Estende o tapete
da colera que muito antiga
permeia os dissolutos
em escombros.
"A múmia foi feita do mesmo
espirito que tinha sangue"