[O estado de amor]

De todos os estados do ser,

só aquele “estado de amor” —,

sublime turvação da razão,

música para os sentidos acarinhados —

merece ser vivido...

Mas, para nossa maior infelicidade,

nem sempre o amor é reconhecido,

e passa... passa como uma leve

aragem noturna, rumo às estrelas;

perdido está para sempre...

E se ao depois,

alguma mágoa nos assiste,

então, o grita-nos o óbvio —

todo perdão é falso, pois,

com licença da rima idiota,

a mágoa

não é

um risco

n'água!

Vinco eterno, um rumor apto

a se tornar uivo, a mágoa fica —

fica sempre aquela surda dor de...,

Fica para todo o sempre

esculpida no inferno escuro

da memória implacável.

[Amor: só pode haver um]

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Desterro, 27 de agosto de 2013]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 27/08/2013
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