ESCOLHA ERRADA

Eu via tudo andar à roda,

mas a roda saía do seu lugar.

Seria ilusão minha, ou outra coisa?

Na minha inconsciência que pelo silêncio guardava os pedaços

que a vida me sangrou sem prévio aviso.

A visão perturbada da minha existência irreversivelmente condenada

ao triste fim, nas horas e instantes de vácuos pensamentos.

Uma psicose existencial da minha ineficácia,

e aglutinação do sentido prático,

que o meu cérebro se processava em combinadas ilusões,

que me transportavam para um mundo,

onde o abismo era um preço a pagar pela minha insensatez.

Mas quem nunca foi insensato?

Eu na minha modesta e singela pessoa humana, devotei-me a um retrocesso

progressivo, feito a partir de reações menos refletidas.

Um preço alto a pagar por indiscriminadamente pensar em querer atingir o inatingível, sabendo ante mão que o atingível estava ao meu alcance.

Meus olhos não viram o que se apresentava como certo,

e a minha escolha preferiu o caminho incerto,

a que o meu desgraçado oficio culminava em mais um erro incompreensível.

AUTOR: Angelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 27/08/2013
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