MENINOHOMEM

...que brinca com a vida como um brinquedo preferido,

que ri quando deve chorar,

que chora se é pra sorrir.

Menino querendo crescer,

homem que não foi criança:

madureza precoce num alvorecer de esperança

antes do dia nascer.

Menino lindo do sorriso inebriante,

pérolas de inestimável valor.

Olhar de brilho-diamante,

sóbrio embriagar da dor,

na dor que lamenta o brinquedo perdido,

no riso que brota sem saber.

Menino-homem que me ensina a viver,

dê-me essa alegria juvenil,

um pouco dessa sua integridade de conde.

Como posso te encontrar, me diga onde!

Como posso suplantar o que faltou?

e ser aquilo que precisas ter

ou ser o resto a completar o que é inteiro.

Menino-homem que me deixa assim,

homem-menino matreiro,

sutilmente audaz e sonhador,

bravo como um jovem gerreiro,

um terno infante desbravador.

Homem-menino que me deixa enfim,

ao fim de um novo começo.

Homem que vive em mim.

Menino que não me esqueço.

Júlio Amorim
Enviado por Júlio Amorim em 27/08/2013
Código do texto: T4453828
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