PALAVRAS, SÓ PALAVRAS
Trazem-me lembranças,das noites sem par,as tardes,
Em que juntos, nas calçadas, olhávamos o entardecer,
Sentados em bancos brancos , e ao ver o sol declinar,
desvarios foram tantos e tamanhos,felicidade singular.
E um dia de repente, foi-se o par, só, surpresa ímpar,
E o par que cá restou,murmurava : ai que saudades!
E eu cá estou a ouvir-te, e eu cá estou a falar-te,
quanto custa, qual o peso,d'uma dor,d'uma saudade?
E falo-te em pensamentos, palavras vãs, sentimentos,
E sou eu toda palavras: palavras aflitas, desesperadas,
Palavras acerbas,acres e fel,tudo e nada,só movimento.
Palavras cruéis, vergastas, lágrimas vertidas, sem nortes,
sós, só lamentos, que sem par, fluem vis, desencantadas,
acres no seu momento,palavras vis, só palavras,palavras
soltas ao vento!
Trazem-me lembranças,das noites sem par,as tardes,
Em que juntos, nas calçadas, olhávamos o entardecer,
Sentados em bancos brancos , e ao ver o sol declinar,
desvarios foram tantos e tamanhos,felicidade singular.
E um dia de repente, foi-se o par, só, surpresa ímpar,
E o par que cá restou,murmurava : ai que saudades!
E eu cá estou a ouvir-te, e eu cá estou a falar-te,
quanto custa, qual o peso,d'uma dor,d'uma saudade?
E falo-te em pensamentos, palavras vãs, sentimentos,
E sou eu toda palavras: palavras aflitas, desesperadas,
Palavras acerbas,acres e fel,tudo e nada,só movimento.
Palavras cruéis, vergastas, lágrimas vertidas, sem nortes,
sós, só lamentos, que sem par, fluem vis, desencantadas,
acres no seu momento,palavras vis, só palavras,palavras
soltas ao vento!