Os fantasmas se divertem!

Morre de tesão, mas fica num doce danado,

Cercas para todos os lados, agulha disparada,

Copos & corpos vazios, tremedeira, taquicardia,

Versões inusitadas para novos contextos,

A mão que simula o desenho, traços repetidos,

Alheios circulam mais livres, portas fechadas,

Travesseiros reclamantes, dilúvios & choros,

Do riso disfarçado, mas não tira os olhos,

Outros disfarces com tudo o que falta,

O tempo sempre será contrário a tudo,

Se os melhores valores ficarem com os fantasmas,

Da parte aproveitável, sobraram apenas sonhos,

Intocável ou palpável, depende da escolha,

Anseios & volúpias nem sempre podem ser contidos,

Por isso se chama essa coisa de pele,

A conseqüência inconseqüente está na estratégia,

Por qual rumo deve-se insistir, rumos criados,

Ultrapassando cercas, janelas & portas,

Sem ter medo do medo, que assim passa,

Passagem & por sua trilha segue-se,

Paralelos & similares para chocar fantasmas,

Que olhem para outra direção, bocas malditas,

Na contagem das contas, nunca estão presentes,

Mesmo com tanta ausência, nada se reclama,

Não é verbo proibido, mas lamúrias enchem o saco,

Há horas para tudo, para esperas & esperanças,

Para tempos melhores sem a menor desconfiança,

Mas confiar tem propósitos, mecanismos & meios,

Verdades honestas com as mentiras descartadas,

Pois o sentimento também faz parte da pele,

O ser sensível sabe que o que espera & quer,

O tempo que tem & o que pode bem fazer,

Leituras & partituras na linha de frente,

Para dar conta da imaginação, outras volúpias,

Solidão, música, a falta de toque na pele,

Das transparências que divisam os acasos,

Alguns beijos furtados longe dos olhos injustos,

Essa tremedeira que reverbera de corpos febris,

Pensa na vez que tem & na que ainda virá,

Tem paciência, mas todas as indolências,

Por desejar todo o corpo, há tempo & espaço,

Mesmo que por enquanto o coração apenas sangre!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 11/04/2007
Código do texto: T445282
Classificação de conteúdo: seguro