Ah! O Amanhecer!
Oh! amanhecer tão belo,
Cheio de mistérios,
Tão triste e singelo,
Deixa-me refletir em seu silêncio,
Num momento de sofrimento,
Olho para o horizonte e espero te ver,
Como um único ser,
Como último prazer,
Redobro-me ao choro,
Que me da prazer,
Que me limpa, purifica,
E, me solidifica,
Como um último ser,
Que tem prazer de te ver,
Em seu nascer, na mais profunda das tristezas,
Ah! O amanhecer!
Amanhecer belo,
Singelo, que como um último flagelo,
Tem razão em viver,
Com o peito a doer,
a solidão remoer,
o choro entalado em minhas entranhas,
me leva a estranha razão de viver,
sem poder te ter,
como um último ser,
que me da a paixão em viver.
Ah! O amanhecer!
Amanhecer que mata,
Maltrata, destrata, mas, desata,
Em um único ser,
A paixão em te ver,
Ah! O amanhecer!