estrela órfã
 
meio a tantos poemas desnudos
aparece-me na janela da alma um olho
zarolho vestido num poema de luz    
é quase uma metáfora é quase uma canção
 
calada, aprisionada nas letras do papel
acalantos mudos correm na veia do poeta
revelam sentimentos chulos imagens
vagas em cabelos ao céu. Tomo em xícara
alguma porção mágica. Olho para o poema
lágrimas saltam-me os olhos, um sentimento
hesitado caminha, viaja ardido pra uma estrela
órfã, desejoso por um beijo seu.
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 25/08/2013
Código do texto: T4450829
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