FENIX

Pleno...

pelo privilégio.

Incrédulo...

ao ver as cinzas reacenderem-se.

Estupefato...

ao ver no que era mofo e lama

a flor germinar

e após o apocalípse

a vida ressurgir.

Admirado...

ao perceber que os espinhos

transformaram as gotas de sangue

em mel.

E o que era dor: prazer em tê-la.

Sentir-me respirar

e no escuro da cova, ressurgir.

Ressussitado...

e morrendo mil vêzes

se necessário fosse

para ter-te outra vez.

Atônito...

por sentir novamente um coração

onde não deveria mais nem havê-lo.

Júlio Amorim
Enviado por Júlio Amorim em 24/08/2013
Reeditado em 03/09/2013
Código do texto: T4450048
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