Daqui a pouco, talvez eu desça

 

 
Fiz de conta que estava começando a abrir os meus olhos para um mundo novo naquele instante, afinal, sempre estamos caindo na mesmice, porque tudo é igual, tudo é velho. Somente a nossa vontade de mudanças é o que se renova, o mais gostoso é ter o tempo todo dentro, um amor à ser lembrado. Ainda é cedo para encerrar os sonhos, nesse tempo menino, tão levado! Tempo... Que brinca com os meus pensamentos. Preciso seguir sem essa tão fadada vontade de 'Ser'...!  Viver já me basta, voar raso, asas que se partem, demoram à se firmarem. Quero ser feito pluma ao vento sem rumo. O amor não é uma doce mentira do outro, na qual você acredita e cria suas próprias ilusões, ele é seu somente, saber convivê-lo mesmo que sozinha, não  é uma fatalidade. É felicidade. AMOR, essa linda e pura invenção da alma que está sempre fantasiando, quebrando a monotonia do existir, é dádiva. Fico daqui pensando em descer do palco das das minhas tolas fantasias. Das coisas que aprendi, algumas tive que esquecer, outras, precisei deixar para trás, guardando a essência que fará bem, ao longo do meu caminho. Continuar sonhando um pouco, independente das circunstâncias. De vez em quando é preciso repaginar, trocar as cortinas do tempo, tirar o excesso de cor e descansar o olhar nas nuvens carregadas, fixar o pensamento na água que delas cairão, ir refletindo... Faz bem, sem esquecer àquele que lhe é tão caro, afinal o amor quando é verdadeiro, não morre nunca.
12.02.16


Liduina do Nascimento
 

 















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Enviado por Liduina do Nascimento em 24/08/2013
Reeditado em 12/02/2016
Código do texto: T4449719
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