Que lugar é este onde viemos parar.
 Nessa viagem que nem  escolhemos fazer?
 Vivemos à beira de um abismo tentando acertar o rumo.
 Ou  já estamos nele,  tentando felizes sobreviver?
 E o que seria do poeta se não viajasse
 em seu próprio mundo
 Fantasiando tudo, fazendo do inferno um paraíso?
 Resta-nos sonhar...
Sem querermos encontrar o final da etapa, sem pressa,  seguimos
Criando atalhos que superem as leis infringidas, burladas... 
As quais não seremos jamais capazes de vencê-las.
Ser Poeta
É andar de mãos dadas com o irreal para amenizar
a amargura que os nossos olhos não querem enxergar...
Em meio ao colossal panorama.
É ser feliz com a nossa ilusão, perdidos e reencontrados.
Quando a realidade do que sonhamos por fim acontece,
desacreditamos de ser infinita e nos pomos a ter medo do despertar.
O maior medo do poeta é perder a felicidade conquistada,
por certo
ele sabe o quanto foi duro transcrever, desenhar a vida idealizada.
Quando por fim o poeta é feliz, ele finge que é muito infeliz
Só para continuar fazendo poesias...
Para continuar  entregando o brilho da Lua Cheia,  
Nas mãos do ser amado, olhando o brilho do seu olhar.


 
    
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 23/08/2013
Reeditado em 12/05/2016
Código do texto: T4448348
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