Do Amor Que Flui

Sempre que te vejo menina, meu triste coração canta feliz;

e sorridente (por te ver) me diz que toda a tristeza termina

porque dentro da minha retina tenho, oculto, um chafariz...

que flui água de amor de anis (e adoça a rude rotina)

quando a sua doce fluência (que invade o meu seco cais)

me molha de alegria e faz, num deserto de sobrevivência,

fluir, também, a pura essência da felicidade e da paz;

pois, te amar é água que jamais secará na minha existência.

Finjo que desconheço a razão de você fingir sua cegueira...

e vejo que a cega verdadeira é essa nossa solidão;

por não enxergar a emoção (como se a tapasse com peneira)

que flui como uma corredeira, no rio que era só ribeirão;

pois, nos vemos e as águas, então, como vindas de uma chaleira

queimam dessa ardente maneira : fluindo lavas no coração.

22-08-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 23/08/2013
Reeditado em 10/12/2015
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