a dor de suas entranhas

quero me juntar

a esse amor terreno

que da sua carne acende

quero amarrar-me

Aos teus pés, e em

teus braços abertos feito cruz

apertado de corda e arame

Quero que me crucifique

E que me bate

E que me xingue

De nomes feios

De deuses pagãos

E derrame sobre

Minha chaga vinho

Mas que seja do bom

De erva verde e doce

E depois, morrer

De tanto gozar na dor

de suas entranhas

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 22/08/2013
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