CANTO DE UM LUGAR
No quintal do ranchinho
O sol se esconde de mansinho
A serra chora feita criança
Formando um rio cristalino
Eu como todo menino
Corria pra me banhar
Brincava com as águas tão claras
Que dava pros peixe olhar
Quando a tarde se findava
Meu pai vinha em galopada
Juntava-se com a peãozada
E a viola nos embalava
A noite logo chegava
E a lua tão perto clareava
Minha vida e de quem ali estava
Ah! Saudades que não passa
O tempo passa de presa
E me levou pra outro lugar
O vento me trás lembranças
Saudade me leva pra lá!