RETORNO
 
Eu parto e reparto
o que a mim cabe,
só não a saudade,

que guardo comigo
fechada no quarto:
não dou aos amigos.
Sozinha prossigo
olhando as estrelas,
estão lá, posso vê-las
brilhando no céu
como um fogaréu,
que mostra o caminho
de flor, sem espinho,
pois na poesia,
eterna alegria,
eu solto meu canto,
um terno acalanto,
que voa sem asas
de volta pra casa.