Da Flor Morena

O vento do sul faz, dos meus olhos, um jardim

quando me sopra a flutuante flor morena;

e, então, quem flutua (aqui dentro de mim)

é o coração que fica leve como pena.

O doce vento sulino, me sopra (também)

o perfume dessa voz que canta quando fala;

e, feito beija-flor, o silêncio (depois) vem

sugar meus ouvidos do eco que se exala.

Seu riso solto, são pétalas de alegria

que me acariciam como se fosse brisa;

véu de felicidade...delicada camisa

vestindo a triste nudez que, em mim, havia;

e, na sua leveza de flor (de poesia),

meu moreno coração também se suaviza.

20-08-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 21/08/2013
Reeditado em 10/12/2015
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