Alguém, por favor.
(Flávio Omena)
Alguém, por favor, desligue o sol.
Costurem as nuvens para que as estrelas
não fiquem a piscar, nem o luar apareça.
Alguém, por favor, cerre-me os olhos.
Estanque minha respiração, cale-me o peito...
Hoje, qualquer barulho me enlouquece.
Alguém, por favor, que por hoje poupe-me dos paralelepípedos
que saem daquela boca...
Que só por hoje erre-me, abstendo-se do prazer de condenar.
Alguém, por favor, traga-me uma dose dupla
sem gelo, pura, de silêncio, de escuro, de esquecimento
de qualquer coisa que não seja eu.
(Flávio Omena)
Alguém, por favor, desligue o sol.
Costurem as nuvens para que as estrelas
não fiquem a piscar, nem o luar apareça.
Alguém, por favor, cerre-me os olhos.
Estanque minha respiração, cale-me o peito...
Hoje, qualquer barulho me enlouquece.
Alguém, por favor, que por hoje poupe-me dos paralelepípedos
que saem daquela boca...
Que só por hoje erre-me, abstendo-se do prazer de condenar.
Alguém, por favor, traga-me uma dose dupla
sem gelo, pura, de silêncio, de escuro, de esquecimento
de qualquer coisa que não seja eu.