O que sempre resta

Sede de ver,

Vendado vendo

Sou o anônimo fluindo em seus traços

Sou pincel

E dançando em meu colo

És o peso do mundo contido em dedos

De papel

Somos clarão em escuridão completa

Mas ainda sim alvo fora de seta

E assim vamos,

E vão-se também mais de cem sóis

Restamos todas as noites

Eu tu e nosso suor

Em seus lençóis

Lili Braum
Enviado por Lili Braum em 10/04/2007
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