Insana Procura


Por vezes, em minhas tantas noites baldias,
Vasculho e reviro o passado na insana procura
Do imenso amor vivido, sofrido, curtido,
Tão amado e, no entanto, abandonado...
E continuo em minha própria procura, vazia,
Deste amor que se foi, e que seria hoje a cura
Dos males que me afligem, sentido, perdido,
Paralelo a meu eu, sem jamais ter-me encontrado.

Por vezes, nestas vezes, eu próprio me pergunto,
Onde nos separamos, em que momento de nossas vidas
Deixamos de ser o que éramos, os amantes que fomos,
E assim me tornei mero espectro de mim mesmo.
E a verdade cruel que se me apresenta, ao mundo,
Reconheço, não reconheci o quanto era querida,
Do quanto dela necessitava, e hoje somente somos
Meros amigos, não mais amados, caminhando a esmo.

Pudesse eu voltar no tempo e refazer meus passos,
Iria correndo em seu encalço, a tomaria ao colo,
Ajoelharia a seus pés e, constrito, pediria perdão
Até mesmo pelos erros que não cometi, eu juro.
E a cobriria de beijos, flores, amores, abraços,
Beijaria de novo seus pés, ventre, beijaria seu colo,
Cobriria de caricias seu corpo amado, sua mão,
E a faria feliz de novo, para sempre, eu lhe asseguro.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 19/08/2013
Reeditado em 30/09/2013
Código do texto: T4442289
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