concretude

como caber-te

na minha carne

como guardar-te

na pele de dentro,

na pele das tripas,

no sangue, na linfa,

como te guardar

tua lombriga vida

não somente na palavra

no verso, mas na

concretude

do osso, da pedra,

no muro,

mas no abismo

em que te sinto

que chave, que grito

que escudo abrandar

como caber-te na

na relva, no campo verde

no sol e nas cores felizes

como, mulher, como

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 19/08/2013
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