Alguns Versos
Amei - te nos meus versos
Porque sou apenas um pobre
Poeta
Nem meu grafite é de carne
E nervo
Nem meus olhos de luz solar
Mas meu papel
É minha epiderme
Meu coração é puro músculo
De vida
Minha alma é o centeio
Do meu pão
A metafísica é a minha paixão
Não conheço a gramática
Do amor
Nem do idioma que escrevo
Meus versos
Apenas te amei nos meus
Versos
Porque o amor é abstrato
Não é real
Como os nomes do verde
Da minha floresta
Nem os verdes da minha
Floresta
Que se misturam com as orquídeas
E outros pronomes
São sintagmas das minhas orações
Por isto me tornei o poeta de tantos
Codinomes
E nunca aprendi conjugar o verbo
Amar no subjuntivo
Com versos ganho as minhas
Torradas com geléias
E olho bem no fundo dos olhos
Da jabuticaba
E tomo meu chá
Com cantos de bem – te – vi
E com poemas daquela poeta
Dos campos de framboesas
Escrevi uns versos para ti
Apenas poemas com minha pena
Nunca amei uma mulher
De pura nervura
Nem de tênues fios tecidos
Na tessitura da carne
Sou como um camaleão
Não tenho ternura
Sou apenas um poeta de pobres
Grafites
Que altera advérbios
E afoga vocábulos lusitanos
No rio do Lácio
Luiz Alfredo - poeta
Amei - te nos meus versos
Porque sou apenas um pobre
Poeta
Nem meu grafite é de carne
E nervo
Nem meus olhos de luz solar
Mas meu papel
É minha epiderme
Meu coração é puro músculo
De vida
Minha alma é o centeio
Do meu pão
A metafísica é a minha paixão
Não conheço a gramática
Do amor
Nem do idioma que escrevo
Meus versos
Apenas te amei nos meus
Versos
Porque o amor é abstrato
Não é real
Como os nomes do verde
Da minha floresta
Nem os verdes da minha
Floresta
Que se misturam com as orquídeas
E outros pronomes
São sintagmas das minhas orações
Por isto me tornei o poeta de tantos
Codinomes
E nunca aprendi conjugar o verbo
Amar no subjuntivo
Com versos ganho as minhas
Torradas com geléias
E olho bem no fundo dos olhos
Da jabuticaba
E tomo meu chá
Com cantos de bem – te – vi
E com poemas daquela poeta
Dos campos de framboesas
Escrevi uns versos para ti
Apenas poemas com minha pena
Nunca amei uma mulher
De pura nervura
Nem de tênues fios tecidos
Na tessitura da carne
Sou como um camaleão
Não tenho ternura
Sou apenas um poeta de pobres
Grafites
Que altera advérbios
E afoga vocábulos lusitanos
No rio do Lácio
Luiz Alfredo - poeta