O voo da águia
Não me cortem as asas...
Preciso ultrapassar os umbrais dos estertores terrenos que me prendem,
Me perseguem...
Deixe que num voo rasante se camuflem as mágoas de reticências incompletas...
Silentemente busco outro céu que me dê guarida,
Que me cure as feridas que se encontram abertas de tanto escarninho...
Já não quero sorrir um sorriso amarelo em veladas noites de indecisões...
Não me perturbem os ouvidos que só sabe dizer não a tanta poluição narcótica...
Errei de rota,
Perdi o rumo,
Pedi arrimo,
Salvação...
Porém meu espírito águia cobra a minha absolvição...
Quero voar,
O espaço sempre a me esperar...
E hoje estou assim,
Renascida em outro céu, desconhecido por mim...