Fim da sonata
Poucas verdades na autopsia de uma sonata,
que veio dar no limite entre a praia e o pesadelo.
Não é horizonte o que se avista além da pausa.
Só a assinatura temporal de um golpe de arco
desescrevendo o encadeamento do fraseado.
As coisas morrem quando não têm mais nomes
e definitivo após o lamento é só o silêncio.
Então aí está a nulidade de uma sonata
quando nem mesmo as palavras dão conta
e nem o pensamento pode aliviar sintomas.