Fim da sonata

Poucas verdades na autopsia de uma sonata,

que veio dar no limite entre a praia e o pesadelo.

Não é horizonte o que se avista além da pausa.

Só a assinatura temporal de um golpe de arco

desescrevendo o encadeamento do fraseado.

As coisas morrem quando não têm mais nomes

e definitivo após o lamento é só o silêncio.

Então aí está a nulidade de uma sonata

quando nem mesmo as palavras dão conta

e nem o pensamento pode aliviar sintomas.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 18/08/2013
Código do texto: T4440319
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