O SOAR DO SINO

Num dia insano ousei roubar

O soar do sino de um velho bruxo

Um alquimista tenaz e esdrúxulo

Que transpirava estrelas do mar

Na febre do meu desatino

Desafiei os segredos do sol

O mistério das cores do arrebol

E os equívocos que desviam o destino

Desvendei na trilha da alegria

Todos os sonhos que eu quis ousar

Reinventando os caminhos do amar

Celebrando a infinita sabedoria

Pois esse som era a chave da quimera

A loucura mais sábia e encantadora

A luz mais singela e reveladora

A verdade das cores de minha aquarela.

Sidney China