A MORTE DO SILÊNCIO
O silêncio foi versado!
Disse ele ouvir todas as palavras
que olhavam cruas
o tinteiro virgem de uma alma.
Aos céus não voltará anjo,
Tens espalhado nódoa cruenta
No retumbar liberdade;
(Hecatombe-fraternidade).
Foi humano quem morreu?
Perguntou Alvarenga.
Respondeu não, o silêncio.
-Foi eu quem suicidou.
Quando vi o gado exangue,
dei-lhe banho de sangue
na pena do poeta.
Como falas tu, se morto estas?
- Alvarenga, morri aos que creem
na santa exatidão. Mas,
a todos aqueles que confessam
sentir o toque da causa minha,
dou estrovenga ou machadinha
de fazer a alma sangrar.
Ouvirdes a minha calada...