A MORTE DO SILÊNCIO

O silêncio foi versado!

Disse ele ouvir todas as palavras

que olhavam cruas

o tinteiro virgem de uma alma.

Aos céus não voltará anjo,

Tens espalhado nódoa cruenta

No retumbar liberdade;

(Hecatombe-fraternidade).

Foi humano quem morreu?

Perguntou Alvarenga.

Respondeu não, o silêncio.

-Foi eu quem suicidou.

Quando vi o gado exangue,

dei-lhe banho de sangue

na pena do poeta.

Como falas tu, se morto estas?

- Alvarenga, morri aos que creem

na santa exatidão. Mas,

a todos aqueles que confessam

sentir o toque da causa minha,

dou estrovenga ou machadinha

de fazer a alma sangrar.

Ouvirdes a minha calada...

Adriano J Santos
Enviado por Adriano J Santos em 18/08/2013
Código do texto: T4439668
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.