PARA O ERRO NÃO HÁ PERDÃO

Vesti a armadura,

um tanto pesada, um tanto fechada

e fui lutar por um conto de fadas.

Como um cavaleiro errante, seguia sempre adiante.

Não olhava para traz, não estava em paz.

O caminho me consumia, mas um reino me aplaudia.

Ser herói era minha sina e valente eu corria

para encontrar o que seria o início do meu fim.

Eles de longe me incentivavam

e eu sorria, contente.

Mas, caí ao chão...

Olhei os olhos deles que agora desfigurados gritavam:

- Para o erro não há perdão!

Ferido por dentro, por fora, por horas,

a pesada roupa me sufocava

e agora era eu quem gritava.

Mas eles não me viam, não me ouviam,

não me queriam mais.

As vitórias foram esquecidas

e pro único erro veio a execução.

Flávia Martin
Enviado por Flávia Martin em 10/04/2007
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