PARA O ERRO NÃO HÁ PERDÃO
Vesti a armadura,
um tanto pesada, um tanto fechada
e fui lutar por um conto de fadas.
Como um cavaleiro errante, seguia sempre adiante.
Não olhava para traz, não estava em paz.
O caminho me consumia, mas um reino me aplaudia.
Ser herói era minha sina e valente eu corria
para encontrar o que seria o início do meu fim.
Eles de longe me incentivavam
e eu sorria, contente.
Mas, caí ao chão...
Olhei os olhos deles que agora desfigurados gritavam:
- Para o erro não há perdão!
Ferido por dentro, por fora, por horas,
a pesada roupa me sufocava
e agora era eu quem gritava.
Mas eles não me viam, não me ouviam,
não me queriam mais.
As vitórias foram esquecidas
e pro único erro veio a execução.