PORQUE NÃO SOMOS MUTANTES?
... E entra dia e sai dia
E tudo acontece sempre igual:
Da moldura da minha janela
Vejo a cor da brisa floral.
Pedalo bicicleta meio estranha
Que roda e nunca sai do lugar.
À frente a paisagem me ganha
E no relógio o tempo a passar.
Banho quente tomo que me relaxa
E sinto meu corpo regozijar,
Preparo-me para sentir a labuta
E encarar a luta sem relutar.
No trabalho, papos cotidianos:
Diferença, gente que vai dançar,
E os ladrões continuam à solta,
E a hipocrisia mais solta no ar.
Em casa, meus átimos de paz:
Livros, canetas e a eme-pê-bê,
Pensar na rotina do amanhã
É tudo que não vale antever.
E assim, segue-se uma vida!
Até quando?! Não arrisco dizer,
Mas se o novo é grande conquistar,
Sem o novo é jamais renascer.
NOVAIS NETO. Meu Lugar é Aqui no Centenário de Santa Maria da Vitória. Salvador: Press Color, 2009. p. 83.
... E entra dia e sai dia
E tudo acontece sempre igual:
Da moldura da minha janela
Vejo a cor da brisa floral.
Pedalo bicicleta meio estranha
Que roda e nunca sai do lugar.
À frente a paisagem me ganha
E no relógio o tempo a passar.
Banho quente tomo que me relaxa
E sinto meu corpo regozijar,
Preparo-me para sentir a labuta
E encarar a luta sem relutar.
No trabalho, papos cotidianos:
Diferença, gente que vai dançar,
E os ladrões continuam à solta,
E a hipocrisia mais solta no ar.
Em casa, meus átimos de paz:
Livros, canetas e a eme-pê-bê,
Pensar na rotina do amanhã
É tudo que não vale antever.
E assim, segue-se uma vida!
Até quando?! Não arrisco dizer,
Mas se o novo é grande conquistar,
Sem o novo é jamais renascer.
NOVAIS NETO. Meu Lugar é Aqui no Centenário de Santa Maria da Vitória. Salvador: Press Color, 2009. p. 83.