A Porta

Abre-se ao frio, com o rangido da porta,

pedido de clemência ao extravio do som,

canto da ferrugem na dobradiça morta,

grito do metal seco, frio,

alguém que entra!

Bate-se ao vazio, como o tambor da porta,

com a decência na calma alma, a casa só,

e o santo de madeira na cristaleira em pó,

do tempo letal do silêncio,

alguém que sai!

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 16/08/2013
Reeditado em 28/09/2013
Código do texto: T4437757
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