Mortos no chão

A água está acabando no mundo

E ficando difícil pra gente

Baixa o nível a cada segundo

E o planeta fica mais quente.

Rios secaram tão de repente

Os açudes perderam a cor

Brejos se tornaram inexistentes

E a água não tem o mesmo sabor.

As minas estão muito doentes

Sem direito a medicina

Perdendo o lençol e a mente

Seria a poluição assassina?

A ferrugem está na torneira

Daqueles que não podem pagar

Não é ironia nem brincadeira

Existe em todo lugar.

As enchentes ficaram raras

Não vejo nuvens se formar

As geleiras dissolvem e não para

E aquém devemos imputar?

O que acontecerá com o ser

Que dela depende pra vida

Continuará a perecer

Ou ainda há uma saída?

Confesso que é temeroso

De ferver a imaginação

Sem esse líquido precioso

Estaremos mortos no chão.

Francisco Assis é poeta e Bombeiro Militar

Email: assislike1@hotmail.com

maninhu
Enviado por maninhu em 16/08/2013
Código do texto: T4437100
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