Eu te pergunto sobre a solidão
Não é a solidão que ouve sua própria voz
E sim apenas nossa voz procurando palavras bem no fundo de nós
dizendo as vezes que temos que viver
e que sonhar não é suficientemente realidade.
Vamos desencadear nossas esperanças
um eco sobrevive dentro de nós,
querendo fugir pelos dedos letra por letra de um teclado.
Sera uma poesia que resgata de nós a vitalidade?
Não sei!
Mas é meramente cinza a cor das palavras
Estacionado procuro te escrever com esta mesma terrível saudade que sinto
pois não basta pra mim ser totalmente louco e lucido
Atravessando os dias em busca de algo que me resgate.
É apenas meu coração vivido querendo viver!
Procuro seu beijo dentre as camadas da solida solidão,
ele não esta na sua boca.
E sim feito em palavras...
Que fugiram do tedioso vazio.
Não posso ter a impressão que tudo vai bem
que somos sádicos e delicados
que amamos por dentro das roupas
E nunca sabemos dominar o coração
Queria te escrever uma poesia
Apenas para você!
Uma poesia que vagasse sobre o Amazonas
E abrisse os braços para te abraçar.
Faz silêncio de barulhos indo embora
eu pergunto pra você dentro de mim
se você me ama?
O amor ao amor devora
seguem penugens pelos dias que são
nossas almas tingem-se no mesmo esquecimento
perguntas ficam sem respostas
cerejeiras brancas vão se desfolhando como num sonho
Eu te pergunto sobre a solidão.
"Mas é meramente cinza a cor das palavras"
E sobre a solidão? Sinto a sua solidão quando te leio e percebo pela primeira vez que a minha solidão não está sozinha no mundo
(AB Queiroz)