Doce acaso
E se ao sabor do acaso
com recheio de morango
eu encontrasse na rua
no meio da praça
na boca do povo
em cima do morro
por dentro do corpo
comendo com graça
lambuzada de açúcar
tua boca molhada
tuas mãos saciadas
no fundo do tacho
com os potes na mesa
fazendo sujeira
tomando cerveja
eu diria além do muro
por cima do escuro
de boca aberta
te fazendo oferta:
"quero-te mais..."