Amor e objetos

Uma breve história das coisas,

pertence ao desgaste de todas elas.

Mínimos sulcos e exaustão discreta,

instalados na sala onde os objetos estão.

Há mudanças por todos os lados,

cada pequena felicidade amalgamada á amargura.

A cor das paredes poderia até ser branca,

mas é noite e tudo isso pode ser apenas loucura.

Os fantasmas não atravessam espelhos.

As intenções não vão além do umbral.

Costumava chamar o espaço de casa.

E a caixa, eu chamava de lembrança.

Mas agora, o mês de agosto quase passou.

As partituras dessa música se digitalizaram,

e o que era humano, não tem propósito.

Sobrou a xícara meio vazia,

e a promessa do nascimento do dia.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 15/08/2013
Código do texto: T4436303
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