Amor e objetos
Uma breve história das coisas,
pertence ao desgaste de todas elas.
Mínimos sulcos e exaustão discreta,
instalados na sala onde os objetos estão.
Há mudanças por todos os lados,
cada pequena felicidade amalgamada á amargura.
A cor das paredes poderia até ser branca,
mas é noite e tudo isso pode ser apenas loucura.
Os fantasmas não atravessam espelhos.
As intenções não vão além do umbral.
Costumava chamar o espaço de casa.
E a caixa, eu chamava de lembrança.
Mas agora, o mês de agosto quase passou.
As partituras dessa música se digitalizaram,
e o que era humano, não tem propósito.
Sobrou a xícara meio vazia,
e a promessa do nascimento do dia.