Triste e terno, triste eterno, não mais.

Pensando bem

notório em minhas notas

a dor me convém.

Solidão uniformizada

cara feia, terno e gravata

me cai muito bem.

Mas e daí?

Sou índio bonito,

acho lindo é me despir.

Se o verso virar do avesso

e em aversão

não mais me caber.

O jogo no cesto

e saio pelado a balançar minhas partes.

Tenho a impressão que isso também é arte.

Não posso mais negar

toda beleza contida

no perfume da chuva na terra batida,

na estrela piscando enquanto adormecia,

e no sol,

num beijo farol

me desejando bom dia.

É bem fácil perceber,

tem um cadinho de poesia incluída

em cada amanhecer.

Tauanzito
Enviado por Tauanzito em 15/08/2013
Reeditado em 05/02/2014
Código do texto: T4435838
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