Triste e terno, triste eterno, não mais.
Pensando bem
notório em minhas notas
a dor me convém.
Solidão uniformizada
cara feia, terno e gravata
me cai muito bem.
Mas e daí?
Sou índio bonito,
acho lindo é me despir.
Se o verso virar do avesso
e em aversão
não mais me caber.
O jogo no cesto
e saio pelado a balançar minhas partes.
Tenho a impressão que isso também é arte.
Não posso mais negar
toda beleza contida
no perfume da chuva na terra batida,
na estrela piscando enquanto adormecia,
e no sol,
num beijo farol
me desejando bom dia.
É bem fácil perceber,
tem um cadinho de poesia incluída
em cada amanhecer.