ARROUBO
 
 
O frio já te faz delirar d’arrepio
Pois do meu corpo tu conheces o calor
Febril, na impaciência já deliras...
Débil de amor pusilânime suspiras.
 
Anoiteces o vento ruge no esconderijo
Na alcova da saudade tu me vens...
Em calafrio dos açoites o corpo rijo
E na ânsia da distância já te tenho.
 
E no verso e converso tenho verso
Do teu corpo em poesia já declaro
Eu te amo... Em murmúrio submerso
Em espasmos no universo do teu corpo...