POEMA DO DIA A DIA - RECIFE

A cena que cá se passa

foi no centro da cidade

O chapeleiro gritava

ambas as mãos levantadas

lá encima o sol ardia

no calor de duas da tarde.

Um cliente se aproxima,

suando litros e tanques

"Quanto custa, meu nobre?"

"E só cinco, camarada!"

"Mas, rapaz, tem desconto?"

"Pode ser, pra tu faço quatro!

" Só tenho três, jogador!"

O chapeleiro olha, olha olha...

pros chapéus bem arrumados,

pro cliente que espera

uma resposta que agrade.

Pega o chapéu e diz logo:

"Esquenta não, depois tu paga!"