Manifesto dum pecador
Manifesto nesse verso
O que tenho de diverso
Meu poder incontroverso
Imponente, crucial...
Um malandro vagabundo
Jurou conquistar o mundo
E arremessar no fundo
Do cruel inferno astral...
A mentira, a desgraça
O diabo, a couraça
O cigarro, a cachaça
O delírio do sombrio...
A vingança jorra sangue
Afogando-se no mangue
Das entranhas duma gangue
Derretendo no vazio...
Nesse triste manifesto
Digo algo que detesto
Fundamento de protesto
Odiando sentir dor...
Relembrei do vagabundo
Acabei, caí no fundo
Desse solitário mundo
De um pobre pecador...
A felicidade morta
Duma vida toda torta
Da frieza bate a porta
Encontrando sofrimento...
Ao sentir que me faltou
Coração que me matou
Manifesto ecoou
Caminhou, sumiu ao vento...
Axeramus 29/05/2010