MARIONETES
Passos nas calçadas de pedras portuguesas,
cintilando iris em portas de vidros.
Atrás das cortinas,
pelo rasgo feito,
vê-se uma vela que queima .
E cheira.
Teatro da vida.
Sombras de pessoas, pelas ruas vagueiam
inventando faces, com as pontas dos dedos,
em transparências cinzas
de papéis de seda.
Sonhos viajantes,
ontem navegantes pelos travesseiros,
nem se deram conta -
foram rasgados,
em trigo colados,
na água desfeitos.
Hoje são bonecos
e tentam, sem medo,
rindo do passado,
ao menos ser brinquedos de papel machê.
Passos nas calçadas de pedras portuguesas,
cintilando iris em portas de vidros.
Atrás das cortinas,
pelo rasgo feito,
vê-se uma vela que queima .
E cheira.
Teatro da vida.
Sombras de pessoas, pelas ruas vagueiam
inventando faces, com as pontas dos dedos,
em transparências cinzas
de papéis de seda.
Sonhos viajantes,
ontem navegantes pelos travesseiros,
nem se deram conta -
foram rasgados,
em trigo colados,
na água desfeitos.
Hoje são bonecos
e tentam, sem medo,
rindo do passado,
ao menos ser brinquedos de papel machê.