QUAL O MELHOR POEMA? Me ajuudem, por favor
O amor
Pérfido sentimento que parece uma dor
Um ardor no peito
Degenera e corrompe a mente
O amor é lindo, belo
Mas pra poetas é algo sério
É um mistério
Uma dúvida constante
Para todos os amantes
Entre lençóis ou armas
Em meio a gritos, gemidos
É sublime por si só
Um beijo diz tudo
Palavras não bastam
As palavras se gastam com o tempo
Mas amores são eternos
Não precisam de termos
Só de gestos, de sabores
São feitos os amores
Ou, ao menos, pensa-se assim
Que o amor é bom, sem ser ruim
Mas e se for as duas coisas?
O amor é ambíguo
É uma súmula da vida
De quem ama
E quem tem uma vida só boa?
Quem ama, não ama por ser bom
Ama porque ama, e só
Quem consegue explicar o amor
Ou não ama, ou está muito além
Da futilidade do mal e do bem
Por isso eu só tento dar voz às ideias
Que surgem a todo momento
Por qualquer tormento
Ou regozijo efêmero
Porque o amor me inspira a ser blasfemo
Escrever sobre o que eu amo e o que temo
O amor em palavras
Não sou capaz de expressar
O amor só se sente
O amor só ama
Sem objeto
O amor é um trajeto
O amor é um defeito
O amor é imperfeito
Mas amo de qualquer jeito
Ou
São frequentes de quinhetos
Bate no peito, um alento
Doi amarga seu sabor
Sua saudade, sem amor
Vou me esquivar cheiro que machuca
São cores de versos doídos
Não tem voz mas me cutuca
No meio da noite perpassa o grunhido
Ô anjinho, lelé da cuca
Batuca batuca batuca
Ô anjinho, não batuca
Machuca machuca machuca
É saudade de doente
É poeta, ele sente
É sentimento de gente
É saudade, seu demente
Demente demente demente
Morreu enquanto a saudade chegava
Pra matar, amarguradamente...
Matar quem?
Matar a gente.