Nos seus olhos
Nos seus olhos
Há dias sombrios e calmos
E dores que saem de ti
Luas transcendentes de falas
Há mais que busquei e perdi
Nos seus olhos verdes repousa
Meu vôo liberto vivente
Também repousa uma cólera
Dessas que nascem na gente
São silêncios que falam por si
E palavras que fogem do peito
Equilibro em pontas de sonhos
Navego seu leito, seu seio.
Desfalece em seu beijo minha boca
Repousa meu corpo no seu
Cavo sua mente elucida
Tenho o que nunca é meu
Nos seus olhos lanço um grito
Outra quimera nasceu
Por ser assim ressuscito?
O que é vivo nunca morreu
15/08/05