NAS ASAS DOS VERSOS
Nas asas dos meus versos,
Alço voo e voando vou,
Para onde os meus versos me levar.
Flutuando como pluma,
Pelos sonhos conduzidos, vou voando.
Viajando mais no tempo, que no espaço...
Ao passado, me refugio nostálgico,
O trem bala dos meus versos, que são mágicos...
Conduzem-me a um futuro sonhador,
Onde se fala e vive-se, só de amor,
Onde o ódio e todos os males, não tem lugar.
Deste sonho quero nunca despertar,
Mas meus versos trazem-me de volta ao chão.
E traçando também linhas sinuosas,
Ao contrário de viver num mar de rosas,
O real é construído sobre espinhos,
E de dor e sofrimento os versos falam,
Pois a pena do poeta não se cala,
Canta e chora em epopeia e elegias,
E nas asas destes versos flutuando,
No diverso mar de versos navegando
E em versos anuncia e denuncia.