Abraços e falsos sorrisos
Nada é mais como era antes
Um dia irmãos de sangue
Hoje colegas distantes
Abraços e falsos sorrisos
E venenos paralisantes.
A lâmina fria da navalha
Corta ao meio meu quente coração
Minhas lágrimas correndo face a baixo
Meu sangue se espalhando pelo chão
O cordeiro devorando o pobre lobo
E a serpente apertando minha mão...
Amizades, amiude, a mil por hora
Porta a fora, eu pus na rua o inimigo
Tempo passa, o dia passa, a hora passa
Confiar na confiança eu não consigo.
O que era já não é como é hoje
O amanhã é a incerteza mais incerta
O sol que brilha é novo em cada manhã
E a saudade sempre dói quando aperta.