A agonia dos poetas
A agonia dos poetas
Ahh! Garganta que não alivia
O vicio de sentir certa dor
Um lamento escravo da magia
Sinos da agonia do ardor
Dias que pesam um século
Na boca sedenta a esperar
O vinculo do vinho d’encéfalo
Cura este enfermo do amar
Piedade beleza de mundo
Pelos rios sombrios que bebi
O Éden foi o caos mais profundo
Ou fugitivo tornei-me do que vi
Pelas pedras e plumas que tenho
Circulando por este engenho
De quem é a culpa da perfeição
Que um dia a dor do universo
Fique preso entre linhas e versos
E os poetas transformem a imensidão
18/08/05