ALMA DE LOUÇA

Passou o pôr-do-sol como o nascer de um vento

Palavras em vão em vãos de frestas e o lamento

Por de trás das portas, dos muros e tantas vidas

Tantas lembranças, noites e auroras, despedidas

Partir-me em tantas vezes, fechando as cortinas

Embora tão longe ao peito atado de idas e vindas

Este coração ainda bate, cansado em fragmentos

Dos vidros e cristais estilhaçados os rompimentos

Dàquele pássaro de aço, restou-se alma de louça

Caístes das montanhas entre lágrimas, pela moça

Alma do Poeta Azul
Enviado por Alma do Poeta Azul em 13/08/2013
Código do texto: T4432532
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