ALMA DE LOUÇA
Passou o pôr-do-sol como o nascer de um vento
Palavras em vão em vãos de frestas e o lamento
Por de trás das portas, dos muros e tantas vidas
Tantas lembranças, noites e auroras, despedidas
Partir-me em tantas vezes, fechando as cortinas
Embora tão longe ao peito atado de idas e vindas
Este coração ainda bate, cansado em fragmentos
Dos vidros e cristais estilhaçados os rompimentos
Dàquele pássaro de aço, restou-se alma de louça
Caístes das montanhas entre lágrimas, pela moça