MANUAL PRÁTICO DA ESTUPIDEZ

Cadê a criança que habita esta casa?

Correndo por um corredor cheio de promessas,

brindando paz aos desatentos

sem expectar recompensa.

Em qual caixa se perdeu o momento feliz?

Raro, frágil e despercebido, quase acidental.

Atrás da pilha de troços amargurados

perdeu-se o agora desperdiçado.

Por que treme ante a face desnuda de sua máscara?

Olhe a sombra da criança amuada atrás de seus papéis,

percebe que o vazio é sereno

e de fato, repleto de ser.

Aos discípulos do desamor a ordem é controlar.

Obediência não vem natural, nos é arrancada sem cerimônia.

Surge faísca onde haveria corrente,

surge violência onde brotava compaixão.

À criança que sobrevive, nossas salvas

que continuem resistindo, iluminando o mundo

com suas imaculadas almas.

Jady Tariane
Enviado por Jady Tariane em 13/08/2013
Reeditado em 28/01/2016
Código do texto: T4432414
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